Texto de apoio ao Curso de Especialização
Atividade Física Adaptada e Saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
Deficiência Auditiva
Desenvolvimento motor e Aprendizagem das Habilidades Motoras
ASPECTOS CONCEITUAIS
DEFINIÇÃO
Deficiência auditiva é considerada genericamente como a diferença existente entre a
performance do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com
padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI - 1989).
Zero audiométrico (0 dB N.A) refere-se aos valores de níveis de audição que
correspondem à média de detecção de sons em várias freqüências, por exemplo: 500 Hz,
1000 Hz, 2000 Hz, etc.
Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de
sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).
SIGNIFICADO DE TERMOS
Hipoacusia - refere-se a uma redução na sensitividade da audição, sem qualquer
alteração da qualidade de audição. O aumento da intensidade da fonte sonora, possibilita
uma audição bastante adequada.
Disacusia - refere-se a um distúrbio na audição, expresso em qualidade e não em
intensidade sonora. O aumento da intensidade da fonte sonora não garante o perfeito
entendimento do significado das palavras
CLASSIFICAÇÃO
GRAUS DE SEVERIDADE DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Os níveis de limiares utilizados para caracterizar os graus de severidade da deficiência
auditiva podem ter algumas variações entre os diferentes autores. Segundo critério de
Davis e Silverman, 1966:
Audição Normal - Limiares entre 0 a 24 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Leve - Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Moderada- Limiares entre 41 e 70 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Severa - Limiares entre 71 e 90 dB nível de audição.
Deficiência Auditiva Profunda - Limiares acima de 90 dB.
Indivíduos com níveis de perda auditiva leve, moderada e severa são mais
freqüentemente chamados de deficientes auditivos, enquanto os indivíduos com níveis de
perda auditiva profunda são chamados surdos.
GRAUS DE SURDEZ E SUA CONSEQÜENCIA
Tipos de Surdez Perda de Decibéis Consequência
Leve Entre
20 e 40
Impedimento da
percepção da
palavra
Moderada/
Média
Entre
40 e 70
Palavra deverá ser
emitida em tom
muito forte
Severa Entre
70 e 90
Compreensão da
palavra depende da
metodologia usada
Profunda Acima
de 90
Não percebe a voz e
não aprende a fala
GRAUS DE SURDEZ E QUAIS AS INTERVENÇÕES INDICADAS
Surdez Leve:
Próteses auditivas em crianças e adultos;
Acompanhamento feito por profissionais para vencerem as dificuldades iniciais;
Família contribui para sua interação e integração na socidades;
Surdez Moderada: Ambientes não ruidosos;
Pistas visuais;
Próteses;
Acompanhamento especializado e clínico;
Surdez Severa
Orientação especializada e acompanhada permanentemente;
Ambiente específico para o seu desenvolvimento;
Sua compreensão verbal dependerá da utilização de metodologias baseadas na
observação de situações de comunicação;
Profissionais de formação diversificada, para que adquiram linguagem e compreensão
das situações que vivenciam;
Surdez Profunda
Profissional especializado para a elaboração de uma metodologia específica, levantando
indicadores e sugerindo atividades.
CAUSAS
TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do
som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha
interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela
vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade
do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode
ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma
impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do
nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados,
são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas
da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de
avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução
do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do
nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea
abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que
nos limiares de condução aérea.
• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU
SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente,
acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por
diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre
de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco
cerebral (Sistema Nervoso Central).
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA
• Cerume ou corpos estranhos do conduto auditivo externo.
• Otite externa: infecção bacteriana da pele do conduto auditivo externo.
• Otite média: processo infeccioso e/ou inflamatório da orelha média, que divide-se
em: otite média secretora; otite média aguda; otite média crônica supurada e otite
média crônica colesteatomatosa.
• Estenose ou atresia do conduto auditivo externo (redução de calibre ou ausência
do conduto auditivo externo). Atresia é geralmente uma malformação congênita e a
estenose pode ser congênita ou ocorrer por trauma, agressão cirúrgica ou
infecções graves.
• Miringite Bolhosa (termo miringite refere-se a inflamação da membrana timpânica).
Acúmulo de fluido entre as camadas da membrana timpânica, em geral associado
a infecções das vias respiratórias superiores.
• Perfurações da membrana timpânica: podem ocorrer por traumas externos,
variações bruscas da pressão atmosférica ou otite média crônica supurada. A
perda auditiva decorre de alterações da vibração da membrana timpânica. É
variável de acordo com a extensão e localização da perfuração.
• Obstrução da tuba auditiva
• Fissuras Palatinas
• Otosclerose
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL
• Causas pré-natais:
• de origem hereditárias (surdez herdada monogênica, que pode ser uma surdez
isolada da orelha interna por mecanismo recessivo ou dominante ou uma síndrome
com surdez); e uma surdez associada a aberrações cromossômicas.
• de origem não hereditárias (causas exógenas), que podem ser:
Infecções maternas por rubéola, citomegalovírus, sífilis, herpes,
toxoplasmose.
Drogas ototóxicas e outras, alcoolismo materno
Irradiações, por exemplo Raios X
Toxemia, diabetes e outras doenças maternais graves
• Causas perinatais
o Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento
o Trauma de Parto - Fator traumático / Fator anóxico
o Doença hemolítica do recém-nascido ( ictericia grave do recém-nascido)
• Causas pós-natais
o Infecções - meningite, encefalite, parotidite epidêmica (caxumba), sarampo
o Drogas ototóxicas
o Perda auditiva induzida por ruído (PAIR)
o Traumas físicos que afetam o osso temporal
DADOS ESTATÍSTICOS
• Estima-se que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são portadoras de
algum tipo de deficiência auditiva, de moderada a profunda (OMS). Há expectativa
que o número de perdas auditivas na população mundial chegue a 57 milhões no
ano 2000.
• Aproximadamente 0,1% das crianças nascem com deficiência auditiva severa e
profunda (Northern e Downs, 1991). Este tipo de deficiência auditiva é
suficientemente severa para impedir a aquisição normal da linguagem através do
sentido da audição
• Mais de 4% das crianças consideradas de alto risco são diagnosticadas como
portadoras de deficiência auditiva de graus moderado a profundo (ASHA)1
• Aproximadamente 90% das crianças portadoras de deficiência auditiva de graus
severo e profundo são filhos de pais ouvintes (Northern e Downs, 1991)2
• Nos Estados Unidos pesquisas indicam que a prevalência de deficiências auditivas
sensorioneurais é de 5,95 para cada 1000 nascidos vivos e nas deficiências
auditivas por alterações do ouvido médio é de 20 para cada 1000 nascidos vivos
• Segundo a O.M.S. (1994)3 estima-se que 1,5% da população brasileira, ou seja,
cerca de 2.250.000 habitantes são portadores de deficiência auditiva, estando esta
em terceiro lugar entre todas as deficiências do país
• Aproximadamente 1.053.000 de crianças abaixo de 18 anos têm algum grau de
deficiência auditiva, com índice de prevalência de 16,1 por 1000 (Bess e Humes
1995)4
FATORES DE RISCO
Baseados nos critérios do "Joint Committee on Infant Hearing" (1994) e na experiência
clínica e científica de profissionais participantes do Fórum de Debates: Criança e Audição,
realizado durante o X Encontro Internacional de Audiologia, Bauru, Estado de São Paulo,
8 a 11 de Abril de 1995, alguns fatores que podem causar deficiência auditiva são:
• Antecedentes familiares de deficiência auditiva, levantando-se se há
consangüinidade entre os pais e/ou hereditariedade.
• Infecções congênitas suspeitadas ou confirmadas através de exame sorológico
e/ou clínico (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e sífilis)
• Peso no nascimento inferior a 1500g e/ou crianças pequenas para a idade
gestacional (PIG)
• Asfixia severa no nascimento, com Apgar entre 0-4 no primeiro minuto e 0-6 no
quinto minuto.
• Hiperbilirrubinemia com índices que indiquem exanguíneo transfusão.
• Ventilação mecânica por mais de dez dias
• Alterações crânio-faciais, incluindo as síndromes que tenham como uma de suas
características a deficiência auditiva.
• Meningite, principalmente a bacteriana.
• Uso de drogas ototóxicas por mais de cinco dias.
• Permanência em incubadora por mais de sete dias.
• Alcoolismo ou uso de drogas pelos pais, antes e durante a gestação.
IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das deficiências de audição é realizado a partir da avaliação médica e
audiológica. Em geral a primeira suspeita quanto à existência de uma alteração auditiva
em crianças muito pequenas é feita pela própria família a partir da observação da
ausência de reações a sons, comportamento diferente do usual (a criança que é muito
quieta, dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos) e, um
pouco mais velha, não desenvolve linguagem. A busca pelo diagnóstico também poderá
ser originada a partir dos programas de prevenção das deficiências auditivas na infância
como o registro de fatores de risco e triagens auditivas.
O profissional de saúde procurado em primeiro lugar é geralmente o pediatra, o qual
encaminhará a criança ao otorrinolaringologista, quando se iniciará o diagnóstico. Este
profissional fará um histórico do caso, observará o comportamento auditivo e procederá o
exame físico das estruturas do ouvido, nariz e das diferentes partes da faringe. O passo
seguinte é o encaminhamento para a avaliação audiológica.
No caso de adultos, em geral a queixa de alteração auditiva é do próprio indivíduo, e, no
caso de trabalhadores expostos a situações de risco para audição o encaminhamento
poderá advir de programas de conservação de audição.
IMPLICAÇÕES NO PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS
- Os objetivos a serem desenvolvidos são os mesmos de crianças que não
apresentam deficiência;
- Aspectos sócio-afetivos como prioridade;
- Aspectos e cognitivos devem ser bem trabalhados;
- Trabalhar ritmo;
- Trabalhar capacidade respiratória;
- Trabalhar equilíbrio;
- Conhecimento do Corpo:
- Percepção espacial:
- Coordenação óculo-motriz, destreza manual:
- Equilíbrio:
- Coordenação dinâmica geral:
- Atividades que estimulem os sentidos
- Jogos educativos(atividades coletivas)
- Jogos Desportivos
DICAS EESTRATÉGIAS
- Fazer demonstrações
- Explicar a aula no quadro negro
- Usar videos, slides, cartazes, etc.
- Utilizar pranchetas para explicações
- Jogos cooperativos
- Se Aula só para D.A., deve haver número reduzido de alunos
- Esportes individuais como: natação, lutas e atletismo
O PROFESSOR QUE LIDA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA DEVE BUSCAR:
- Entendimento sobre as necessidades e dificuldades dos D.A. e do problema em si;
- Uma filosofia de educação/ensino para os D.A.´s;
- Aprender ou conhecer libras;
- Ficar de frente e próximo para facilitar a leitura labial
- Evitar explicações longas e variar muito a atividade
- Falar lentamente sem forçar expressões faciais
- Trocar informações com os outros profissionais que lidam com a criança D.A..
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Geralmente, o aluno portador de deficiência auditiva:
• não responde a um chamado em voz normal; quando de costas, não se volta para
a pessoa que lhe dirige a palavra;
• às vezes, pode responder mais prontamente quando o chamam de um lado, o que
demonstra maior perda no outro ouvido;
• entende melhor as ordens quando elas vêm acompanhadas de gestos;
• durante atividades em grupo, com muitos falando ao rnesmo informações
Basicamentetempo, pode parecer perdido, desorientado;
• pode apresentar comportamento mais irritadiço devido ao excesso de esforço que
faz para ouvir e entender situações do meio ambiente;
• às vezes, apresenta trocas e omissões de fonemas na fala e na escrita.
Em caso de observação de alguma dessas atitudes, a professora deve:
• entrar em contato com os pais para troca de informações;
• encaminhar para um médico otorrinolaringologista e uma fonoaudióloga que
poderão realizar testes mais específicos e dar seguimento ao caso.
O prejuízo auditivo permanente é um quadro que pode prejudicar em muito o aluno, caso
as medidas necessárias para garantir o desenvolvimento desse aluno não sejam tomadas
o mais brevemente possível. Sabemos que a audição é essencial para a aquisição da
linguagem que, por sua vez, é essencial para a comunicação e a construção do
conhecimento sobre a realidade.
Um aluno surdo ou hipoacústico necessita que alguns cuidados específicos sejam
tomados para favorecer sua aprendizagem e seu desenvolvimento. Um aluno que não
apresenta, ainda, a capacidade de comunicação necessita de ensino especializado para
que possa se Integrar à sala de aula regular. Dependendo de como adquiriu a deficiência
e em que nível de capacidade de comunicação se encontra, decisões diferenciadas
podem ser tomadas.
Caso sua deficiência tenha sido detectada, tenha havido uma intervenção precoce (ainda
no primeiro ano de vida) e a criança já esteja sendo estimulada a se comunicar
globalmente, é possível integrá-la em classe regular desde a pré-escola ou desde a
alfabetização.
Cuidados específicos
Infelizmente, como esta não é uma situação freqüente em nossa realidade, de maneira
geral tem-se recomendado que o portador de deficiência auditiva seja primeiramente
encaminhado ao ensino especializado e, assim que adquirir condições mínimas de
comunicação (por sinais, leitura labial, ou uma combinação de estratégias), passe
também a freqüentar, no período alternado, a classe regular, até que possa nela
permanecer.
O professor que tiver em sua sala de aula um aluno portador de deficiência auditiva, deve
familiarizar-se com os aparelhos auditivos (próteses, ou outros meios auxiliares) que
possam estar sendo usados por ele. É importante certificar-se de que os equipamentos
estão funcionando apropriadamente na sala de aula, e saber detectar, com o aluno,
quando eles apresentarem problemas. Para tanto, é importante manter contato com o
professor da sala de recursos, ou mesmo solicitar orientação do médico que atende ou
tenha atendido o aluno.
Na relação professor-aluno portador de deficiência auditiva, é essencial que sejamos
verbais e visuais em nossas interações. Isto implica, primeiramente, em garantir que o
aluno se sente em lugar de onde possa ver o restante da classe, com facilidade. Se ele
depende da leitura labial, faz-se essencial garantir-lhe a possibilidade de visão dos lábios
do professor e dos colegas. Quando houver um residual auditivo é importante que o aluno
se posicione o mais próximo possível do professor. E, claro, não adianta nada gritar.
Instruções curtas
Devemos nos assegurar de que esse aluno saiba o que está acontecendo o tempo todo.
Para tanto, devemos apresentar, sempre, instruções curtas, claras, bem-pronunciadas,
solicitando ao aluno que nos relate o que entendeu, antes de iniciar qualquer atividade.
Obviamente que falar com a classe enquanto escreve na lousa, ou seja, de costas para
ele, impede que o portador de deficiência perceba que alguma coisa está acontecendo. É
interessante, portanto, contar com um colega que possa informar-lhe individualmente o
que está ocorrendo, quando o professor estiver ocupado com outra atividade.
Uma outra ação, que facilita o acesso do aluno ao que está acontecendo no ambiente da
sala de aula, é escrever na lousa o que você disse.Isso ajuda a tirar qualquer dúvida que
ele tenha.
Ao introduzirmos conceitos novos, é interessante usar representações gráficas, figuras,
desenhos, etc., como meios auxiliares à comunicação verbal. Isto torna o conteúdo da
informação mais acessível ao portador de deficiência auditiva. O atendimento individual
também deve ser utilizado quando for preciso para atender às suas necessidades
peculiares.
É importante também que, ao escrever, sejam usadas sempre frases completas,
favorecendo-lhe a compreensão de como as palavras funcionam juntas.Outra ação
importante é estimular a interação dos alunos ouvintes com o portador de deficiência
auditiva, ensinando-os a estarem sempre no ângulo de visão do colega, antes de começar
a falar. Deve-se evitar o contato físico para obter a atenção do aluno surdo, pois isto pode
criar problemas de relacionamento. Além disso, não é bom para o aluno habituar-se a
depender do toque, pois este nem sempre lhe estará disponível fora da escola.
A utilização da língua de sinais, da mímica, da dramatização facilita a compreensão do
conteúdo curricular pelo aluno surdo, A presença de intérprete da língua de sinais /
português é um recurso que já se faz presente em algumas instituições de ensino.
Caro Professor
As sugestões de intervenção aqui mencionadas representam quase nada diante da
multiplicidade de possibilidades que se abre quando paramos, observamos nosso
contexto de atuação e percebemos as peculiaridades que o caracterizam. São essas
peculiaridades que devem nortear nossa ação. É importante, além da observação e da
reflexão, buscar soluções criativas. Não importa se ninguém ainda usou determinada
estratégia. O importante é que planejemos como agir em função daquilo que encontramos
em nossa realidade. o melhor parâmetro para avaliação da eficácia de nossa ação, então,
é analisar os seus efeitos, em função dos objetivos a que nos propusemos alcançar
O que fazer para ajudar esses alunos a superar sua dificuldade?
Em caso de perda auditiva, alguns sinais dessa limitação deveriam ter sido percebidos
anteriormente, principalmente na fase em que a criança deveria ter começado a falar. E
esta informação deve ser obtida junto aos pais ou responsáveis. Se for o caso,
recomenda-se o encaminhamento para exames especializados que permitirão verificar o
grau de surdez e se o aluno se beneficiará ou não de um aparelho de amplificação
sonora.
Em se tratando de trocas e omissões de letras, é recomendável uma avaliação
fonoaudiológica. Além disso, em sala de aula ou em casa, é importante não repetir a faia
errada da criança mas, isto sim, falar sempre de forma correta. É interessante incentivar o
aluno a falar frases simples para descrever suas atividades e sentimentos. Demonstre
satisfação quando ele tentar lhe comunicar algo e nunca faça exigências ou imponha
castigos quando falar errado. Deve-se estimular a verbalização do aluno, por meio de
dramatizações e brincadeiras verbais que lhe propiciarão maiores oportunidades de
perceber e adquirir o significado da linguagem.
O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
- Os objetivos a serem desenvolvidos são os mesmos de crianças que não
apresentam deficiência;
- Aspectos sócio-afetivos como prioridade;
- Aspectos e cognitivos devem ser bem trabalhados;
- Trabalhar ritmo;
- Trabalhar capacidade respiratória;
- Trabalhar equilíbrio;
- Conhecimento do Corpo:
- Percepção espacial:
- Coordenação óculo-motriz, destreza manual:
- Equilíbrio:
- Coordenação dinâmica geral:
- Atividades que estimulem os sentidos
- Jogos educativos(atividades coletivas)
- Jogos Desportivos
BIBLIOGRAFIA
1. ASHA - American Speech and Hearing Association
2. Northern, J., Downs, m.p. (1991) Hearing in children (4th ed.) Baltimore Williams &
Wilkins
3. OMS - Organização Mundial de Saúde
4. Bess, F. H. e Humes, L. E. (1995) Audiology: The Fundamentals. Baltimore
Williams & Wilkins
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