quarta-feira, 15 de julho de 2015

A ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO AUTISTA.

Olá, Amigos e Amigas!
Estive em débito com vocês, durante o primeiro semestre deste ano, devido às "emoções", da vida de uma Professora. Porém estou retornando com as postagens deste espaço, que é muito valioso, para o meu trabalho.
Reinicio as postagens com o compromisso de atualizar os materiais que construí, ao longo deste semestre, dentro do tema Educação Inclusiva, no viés pedagógico.
São materiais de palestras, cursos e atividades de sala de aula, adequadas para uma sala regular, tendo como fio condutor a Aprendizagem Multissensorial.
Inicio com o material de um curso que tive a oportunidade de ministrar, com o tema acima citado " A Escolarização do Aluno Autista".
Espero que gostem!
Grande Abraço!
Professora Elaine Cristina Alves de Carvalho Leal.


DELINEANDO O CONCEITO DE AUTISMO.

O autismo é um transtorno que associa algumas dificuldades da criança em termos de interação social e comunicação, bem como um repertório restrito de atividades e interesses (DSM IV-TR, 2002). Leia-se ―repertório restrito não como algo negativo que dá ideia de déficit, mas como a forma encontrada pela criança de, por exemplo, através da incessante repetição de uma atividade, fazer com que as coisas não mudem de lugar, não sejam substituídas, o que poderia lhe causar ansiedade e confusão pelo fato de não as encontrar no lugar em que deixou.  
Já na escola, o diagnóstico deverá ajudar o professor a compreender como a criança funciona a partir de determinado quadro, porém, não deve ser um limitador das suas funções, comportamentos, tampouco uma profecia que não dará chances de o aluno aparecer nas suas particularidades. Nesse sentido, precisamos apostar na capacidade de aprendizagem do aluno, convidando-o a interagir no contexto em que se encontra, enfatizando a construção de um sujeito psíquico, ou seja, um aluno que poderá desenvolver sua capacidade simbólica e de linguagem para dizer, mesmo que com simples gestos, o que quer de nós e da escola. 

APOIOS IMPORTANTES PARA UMA INCLUSÃO RESPONSÁVEL NAS SALAS REGULARES.

COMUNICAÇÃO:
Linguagem Receptiva.
Linguagem Expressiva.
Comunicação Formal.
Comunicação Alternativa.
Comunicação Não Formal.

APOIOS PARA ACESSO E PARTICIPAÇÃO NO CURRICULO GERAL.

Educação Individualizada.
Equipe Colaborativa.
Avaliação Funcional.
Apoios de  Pessoal.
Apoios Culturais.



AVALIAÇÃO FUNCIONAL E A CONSTRUÇÃO DO PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO NAS SALAS REGULARES NA CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO E A ATENÇÃO À DIVERSIDADE.

O QUE É AVALIAR FUNCIONALMENTE?

Avaliar pressupõe respeito. Em Educação o termo avaliação sempre suscitou muitos embates. Desde a década de oitenta até hoje, muitos foram os autores que se atentaram ao tema.
Podemos pensar que dentre muitas convicções acerca do ato de avaliar, uma que ficou marcante no campo da Pedagogia foi o compromisso com o avaliar, enquanto fio condutor de práticas pedagógicas, que pudessem  enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

E na educação inclusiva ????

¢No capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 20/12/1996, “ Da Educação Especial”, no Art. 59, (...) “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
¢I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades...”

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO- 2008/2011.


¢Pressupõe que a Escola esteja organizada e desenvolva Práticas Pedagógicas que atendam às diferenças.
¢A Educação Especial passa a fazer parte da Educação Regular, devendo estar inserida no Projeto Político Pedagógico da Escola.
¢O Currículo passa a ter uma caracterização flexível (compreensiva), no uso de auxílios pedagógicos ajustados às Necessidades Educacionais dos Alunos, ou seja, o foco pedagógico passa a ser no Aluno e não na Deficiência.

COMO AVALIAR FUNCIONALMENTE?

¢Pensando em situações pedagógicas, nas quais possamos identificar as potencialidades e dificuldades dos Alunos.
¢Elaborando materiais significativos para o Aluno(a).
¢Atividades que tenham comandas simples e claras.
¢Ressignificar o ato de avaliar, transformando as situações normalmente bidimensionais em tridimensionais.
¢Perceber o Aluno(a) como um ser único e inteiro.

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL.


¢Ser individualizada.
¢Realizada em etapas.
¢Focar nas seguintes Habilidades Cognitivas:
¢Motricidade;
¢Percepção;
¢Linguagem;
¢Socialização;
¢Raciocínio Lógico;
¢Aprendizagem;
¢História vital ( Família);
¢Habilidades Adaptativas.

Exemplos de materiais utilizados:


¢Caixas sensoriais;
¢Jogos de encaixe;
¢Bandinha;
¢Massa de modelar;
¢Blocos lógicos;
¢Jogos de percurso;
¢Bambolês;
¢Bolas de diferentes tamanhos;
¢Tintas;
¢Diversos tipos de materiais sensoriais: brinquedos, sucata, areia, argila, filmes, músicas...

MODELO DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL.


¢Nome______________________________________
¢Data:______________________________________
¢Áreas Cognitivas:¢Motricidade:
¢Ampla e Fina
¢Potencialidades e Dificuldades.
¢Linguagem:
¢Expressiva e Receptiva
¢Potencialidades e Dificuldades.
Percepção:
Auditiva; Visual e Tátil.
Potencialidades e Dificuldades.
Raciocínio Lógico.
Potencialidades e Dificuldades.
Aprendizagem:
Potencialidades e Dificuldades.
Socialização:
Potencialidades e Dificuldades.


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