Estive em débito com vocês, durante o primeiro semestre deste ano, devido às "emoções", da vida de uma Professora. Porém estou retornando com as postagens deste espaço, que é muito valioso, para o meu trabalho.
Reinicio as postagens com o compromisso de atualizar os materiais que construí, ao longo deste semestre, dentro do tema Educação Inclusiva, no viés pedagógico.
São materiais de palestras, cursos e atividades de sala de aula, adequadas para uma sala regular, tendo como fio condutor a Aprendizagem Multissensorial.
Inicio com o material de um curso que tive a oportunidade de ministrar, com o tema acima citado " A Escolarização do Aluno Autista".
Espero que gostem!
Grande Abraço!
Professora Elaine Cristina Alves de Carvalho Leal.
DELINEANDO
O CONCEITO DE AUTISMO.
O autismo é um transtorno que
associa algumas dificuldades da criança em termos de interação social e
comunicação, bem como um repertório restrito de atividades e interesses (DSM
IV-TR, 2002). Leia-se ―repertório restrito não como algo negativo que dá ideia
de déficit, mas como a forma encontrada pela criança de, por exemplo, através
da incessante repetição de uma atividade, fazer com que as coisas não mudem de
lugar, não sejam substituídas, o que poderia lhe causar ansiedade e confusão
pelo fato de não as encontrar no lugar em que deixou.
Já na escola, o diagnóstico
deverá ajudar o professor a compreender como a criança funciona a partir de
determinado quadro, porém, não deve ser um limitador das suas funções,
comportamentos, tampouco uma profecia que não dará chances de o aluno aparecer nas
suas particularidades. Nesse sentido, precisamos apostar na capacidade de
aprendizagem do aluno, convidando-o a interagir no contexto em que se encontra,
enfatizando a construção de um sujeito psíquico, ou seja, um aluno que poderá
desenvolver sua capacidade simbólica e de linguagem para dizer, mesmo que com
simples gestos, o que quer de nós e da escola.
APOIOS
IMPORTANTES PARA UMA INCLUSÃO RESPONSÁVEL NAS SALAS REGULARES.
COMUNICAÇÃO:
•Linguagem
Receptiva.
•Linguagem
Expressiva.
•Comunicação
Formal.
•Comunicação
Alternativa.
•Comunicação
Não Formal.
APOIOS
PARA
ACESSO E PARTICIPAÇÃO NO CURRICULO GERAL.
Educação Individualizada.
Equipe Colaborativa.
Avaliação Funcional.
Apoios de Pessoal.
Apoios Culturais.
AVALIAÇÃO
FUNCIONAL E A CONSTRUÇÃO DO PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO NAS SALAS
REGULARES NA CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
PROJETO
POLITICO PEDAGÓGICO E A ATENÇÃO À DIVERSIDADE.
O
QUE É AVALIAR FUNCIONALMENTE?
Avaliar pressupõe respeito. Em Educação o
termo avaliação sempre suscitou muitos embates. Desde a década de oitenta até
hoje, muitos foram os autores que se atentaram ao tema.
Podemos pensar que dentre muitas
convicções acerca do ato de avaliar, uma que ficou marcante no campo da
Pedagogia foi o compromisso com o avaliar, enquanto fio condutor de práticas
pedagógicas, que pudessem enriquecer o
processo de ensino e aprendizagem.
E
na educação inclusiva ????
¢No
capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 20/12/1996, “ Da
Educação Especial”, no Art. 59, (...) “Os
sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
¢I -
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades...”
ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO- 2008/2011.
¢Pressupõe
que a Escola esteja organizada e desenvolva Práticas Pedagógicas que atendam às
diferenças.
¢A
Educação Especial passa a fazer parte da Educação Regular, devendo estar
inserida no Projeto Político Pedagógico da Escola.
¢O
Currículo passa a ter uma caracterização flexível (compreensiva), no uso de
auxílios pedagógicos ajustados às Necessidades Educacionais dos Alunos, ou
seja, o foco pedagógico passa a ser no Aluno e não na Deficiência.
COMO
AVALIAR FUNCIONALMENTE?
¢Pensando
em situações pedagógicas, nas quais possamos identificar as potencialidades e
dificuldades dos Alunos.
¢Elaborando
materiais significativos para o Aluno(a).
¢Atividades
que tenham comandas simples e claras.
¢Ressignificar
o ato de avaliar, transformando as situações normalmente bidimensionais em
tridimensionais.
¢Perceber
o Aluno(a) como um ser único e inteiro.
CRITÉRIOS
DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL.
¢Ser
individualizada.
¢Realizada
em etapas.
¢Focar
nas seguintes Habilidades
Cognitivas:
¢Motricidade;
¢Percepção;
¢Linguagem;
¢Socialização;
¢Raciocínio
Lógico;
¢Aprendizagem;
¢História
vital ( Família);
¢Habilidades
Adaptativas.
Exemplos
de materiais utilizados:
¢Caixas
sensoriais;
¢Jogos
de encaixe;
¢Bandinha;
¢Massa
de modelar;
¢Blocos
lógicos;
¢Jogos
de percurso;
¢Bambolês;
¢Bolas
de diferentes tamanhos;
¢Tintas;
¢Diversos
tipos de materiais sensoriais: brinquedos, sucata, areia, argila, filmes,
músicas...
MODELO
DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL.
¢Nome______________________________________
¢Data:______________________________________
¢Áreas
Cognitivas:¢Motricidade:
¢Ampla
e Fina
¢Potencialidades
e Dificuldades.
¢Linguagem:
¢Expressiva
e Receptiva
¢Potencialidades
e Dificuldades.
•Percepção:
•Auditiva; Visual e Tátil.
•Potencialidades e Dificuldades.
•Raciocínio Lógico.
•Potencialidades e Dificuldades.
•Aprendizagem:
•Potencialidades e Dificuldades.
•Socialização:
•Potencialidades e Dificuldades.
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